"O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente." (Carl Sagan)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Esses guitarristas incríveis e seus pedalboards voadores III - Nels Cline


“Infelizmente, felizmente, estranhamente, parece que sou conhecido por usar um monte de pedais de efeitos”, diz Nels Cline. "Para mim, eles são como cores em uma paleta, e não um artifício." Embora o talentoso guitarrista toque em uma série de projetos, verifiquemos seu setup expansivo para seu trabalho mais famoso – guitarra solo na banda de alt rock Wilco.
As chaves para o som do Cline são overdrive, compressão, volume e delay: "Esta é a versão explodida desses parâmetros", explica ele. O pedal de volume é particularmente importante para Cline, que foi apresentado a sua utilidade na década de 70 através de caras como Steve Howe e Robert Fripp. Além de usá-lo para sons de violino e trazendo volume para cima e para baixo, Cline - o sempre amante de single-coil - também emprega o pedal de volume para eliminar aquele ‘hum’ de 60 ciclos. "Eu sempre tenho o meu pé sobre ele", diz ele. Ele usa o Boss FV-500H, porque não quebra com facilidade e é transparente.
A outra chave para o seu timbre é o famoso Klon Centaur, que ele recorre para linhas de guitarra, como os solos de "Impossible Germany" e "Ashes of American Flags". Este último solo também emprega seu Boss VB-2 Vibrato e o reverb Electro-Harmonix Holy Grail.
Outros favoritos de Cline incluem o ZVex Fuzz Factory, que ele descreve como "muito estranho, intenso e incontrolável", e o Magnavibe, que segundo ele é o único pedal que replica o timbre de um velho amp Magnatone com o qual ele grava. Ele soma o Fuzz Factory com o Digitech Whammy (ajustado para duas oitavas abaixo) e bate nas cordas com uma mola para ‘timbres do fim-de-mundo’. Ajustando o Whammy entre suas configurações, enquanto sua surrada Fender Jazzmaster descansa sobre seu amp, e manipulando seu Korg Kaoss Pad 2, geralmente utilizado para efeitos de delay de fita - gera ‘clusters’ paranoicos fora do tom.
Cline soma seu Fulltone DejáVibe com o delay Boss DD-7 para timbres no estilo de Hendrix em Band of Gypsies ("Que não vem a calhar com o Wilco", brinca), emprega o fuzz Fulltone '69 para timbres de fuzz de germânio e chama o Crazy Tube Starlight para entrar em ação quando timbres ‘old-school’ de ProCo RAT são requeridos. Seu vintage Electro-Harmonix 16 Second Delay tem sido parte do seu som por mais de 25 anos depois que Bill Frisell modificou-o para ele, e está sempre em ação gravando, usado para ‘loopings’ em tempo real.
Cadeia de sinal: Boss TU-2 tuner > Z.Vex Fuzz Factory> Fulltone DejáVibe> DigiTech Whammy > Boss CS-3 Compression Sustainer > Boss VB-2 Vibrato > Bigfoot FX Magnavibe > Klon Centaur > Crazy Tube Circuits Starlight Overdrive > Crowther Hotcake > Fulltone ‘69 > Electro-Harmonix Pulsar > Crazy Tube Circuits Viagra Boost > Boss FV-500H volume pedal > Boss DD-3 delay > MXR Phase 45 > Boss DD-7 delay
O técnico de guitarra de Cline, Eric Baecht, chama o segundo pedalboard de Cline - a coleção de fazedores de ruídos situados em uma mesa – de "projeto científico", e a descrição é apropriada para a abordagem de Cline com os efeitos. Ele está constantemente tocando e experimentando. "Eu me divirto em todos os lugares que eu vou," disse Cline.

Os pedais estão em linha, sem ‘loops’. Quando questionado sobre isso, Cline explica: "Eles degradam SIM o meu som... degradação É o meu som. Eu não sou um purista sobre nada, então por que eu iria ser um purista sobre timbre de guitarra?"
Cadeia de sinal: Signal Chain: Electro-Harmonix Deluxe Memory Man > Electro-Harmonix 16 Second Delay > Electro-Harmonix Ring Thing > Korg Kaoss Pad 2 > Electro-Harmonix Holy Grail Plus. (Fotos por Rebecca Dirks)


Fonte: premierguitar.com
Tradução e adaptação: Osmani Jr.



Esses guitarristas sobrenaturais e seus pedalboards voadores II - Eddie Van Halen

O pedalboard atual de Eddie é bastante simples. Está equipado com a linha de pedais assinada da marca Dunlop / MXR / EVH que todos nós já associamos a ele durante anos, incluindo seu Phase 90, Flanger, e EVH95 wah (à direita), bem como um MXR Analog Chorus e um Boss OC-3 Super Octave. Diz o técnico Craig DeFalco: "O único ajuste no palco que ele fará nos pedais é o Flanger – pra ir da configuração de 'Unchained' para a de ‘Outta Love'." Também possui vários dispositivos custom feitos por Dave Friedman da Rack Systems, incluindo um ‘mute swith’ no canto inferior direito, e um ‘buffer’ que atua como ‘boost’ para enviar um sinal cristalino ao longo do cabo para o sistema de som. Também usa uma fonte de alimentação G-Lab PB-1. O controlador de 4 botões EVH (não MIDI) no meio do pedalboard seleciona entre três canais de seu amp principal EVH 5150 III, enquanto que o de 6 botões (não-MIDI) na borda frontal do pedalboard aciona os pedais, bem como o delay Lexicon PCM 70 que ele usa para "Cathedral" e a dupla de delays Roland SDE-3000 (identificados como "DDLS") que ele tem usado desde os anos 1980.
Fonte: premierguitar.com
Tradução e adaptação: Osmani Jr.