Minha sugestão de pedal...substitui TODOS os demais! Minha sugestão de regulagem?
Botão da esquerda: no max., é claro! (nunca é demais...mas geralmente está sempre no zero quando se toca música de qualidade...).
Botão da direita: uns 50% já resolve (deve ser usado com moderação só pra melhorar a performance mas não abuse! pode prejudicar bastante a tocabilidade do instrumento... o som fica uma podrera!).
Botão do meio: extremo cuidado com este! prefiro deixar no zero ou mesmo arrancá-lo fora, pra não dar conflito!...(previsivelmente, ele é bastante interativo com os outros 2 botões...)
11 de Dezembro... Dia do Arquiteto! Sim, eu também sou Arquiteto...Músico que faz Arquitetura, ou no momento Arquiteto que faz Música...tanto faz, na verdade. Afinal as duas coisas tem um pouco de Arte e Ciência convivendo juntas, e no entanto conseguem coexistir e se complementar em equilíbrio. Ah, o equilíbrio! Tão distante e tão difiícil de sustentar... Na maioria das vezes temos que fazer uma escolha de vida entre dois caminhos. A vida é mesmo um código binário...por que não escolher ambos e mantê-los em equilíbrio?? Razão ou Emoção? Mente ou Coração? Profissional ou Pessoal? Ir ou Ficar? Vejamos... Quer dar prioridade a alguém importante na sua vida? Construir uma família? Ter filhos? Ou vai trocar tudo isso por uma carreira profissional bem sucedida? Mas o que é sucesso afinal? Qual o seu conceito de felicidade? Sucesso profissional e fracasso pessoal? Não seria preferível o inverso? Como diria meu amigo Gabriel..."Passe num concurso do Estado, ganhe credibilidade, assegure instabilidade, talvez deixe um sonho se perder, e daí voce vai enlouquecer..." (O Pseudo Profeta - Banda Colher de Chá). Mas por que não podemos ter ambas as coisas????? Equilíbrio...Disciplina... Quando atingirmos isto, o profissional e o pessoal serão complementares e não opostos. Lembre-se, a vida é curta... Pra que adiar pra depois o que voce pode resolver hoje mesmo? O amanhã pode não existir...
Confesso que sempre tive certa resistência a Jack White, mas depois de conhecer o trabalho completo do cara, sua concepção de timbre, composição e pegada, tenho que reconhecer seu valor e originalidade na guitarra rock, coisa rara hoje em dia, especialmente após assistir ao documentário "It Might Get Loud".
Aqui uma olhada na evolução dos pedalboards de Jack White...do vermelho no White Stripes, passando pelo personalizado pedalboard bronze no Raconteurs e finalmente o do The Dead Weather...
Jack é um dos melhores - talvez o melhor? - guitarrista de sua geração, e conquistou o respeito de alguns dos mais lendários artistas do rock, como Jimmy Page, Bob Dylan e The Edge. Nada mais natural que olharmos no equipamento que ele usou ao longo dos anos, em todos os seus diferentes projetos:
1) THE WHITE STRIPES
The White Stripes no Top Of The Pops, e o Digitech Whammy - o pedal clássico de Jack White! A obsessão de Jack com as cores vermelho e branco é bem conhecida. Por coincidência - ou não? - a maioria dos pedais que ele escolheu pra usar no The White Stripes eram brancos ou vermelhos:
Na ordem: um seletor vermelho (mute box), afinador Boss TU-2 (branco), MXR Micro Amp (branco), Digitech Whammy (vermelho), Big Muff Electro-Harmonix (pintado de vermelho!) e o POG Electro-Harmonix (agora fora de linha, substituido pelo POG 2). Note um tipo de folha vermelha com buracos sobre o POG, pra manter as regulagens do pedal.
Com o White Stripes, Jack usou dois pedalboards, na verdade. Além do principal, ele também tinha um secundário perto do kit de batera de Meg White:
Este pedalboard inclui ainda outro Big Muff pintado em vermelho e um POG, também uma 'Mute Box' Analogman e uma 'Tuner Box' que divide o sinal pra um afinador.
2) THE RACONTEURS
Parece que Jack White não tem uma obsessão apenas por branco e vermelho. Seu negócio é criar um visual, uma imagem...e com o Raconteurs, sua banda popular com Brendan Benson e outros caras de Detroit, ele escolheu...bronze! E pra combinar, Jack usou uma Gretsch 'triple jet' custom made bronze (com um MXR Micro Amp embutido). Ainda mais extraordinário, é seu pedalboard bronze, customizado pra ele:
Com o Raconteurs, Jack expandiu seu som, e isto é refletido em sua escolha de pedais, na ordem da direita: um Rotovibe Dunlop, um Digitech Whammy, o Big Muff Electro-Harmonix, um Micro POG Electro-Harmonix, um Nano Bassballs Electro-Harmonix (que pode ser ouvido na música Salute Your Solution), um Tremolo Demeter, um A/B Box (mute), um MicroAmp MXR e um Afinador Boss TU-2 numa nova caixa (e com um footswitch de TS808!). Jack parece ter alguns outros pedais Boss à esquerda do pedalboard, mas é impossível identificar quais.
Aqui mais algumas fotos de seus pedais 'custom made', o afinador e o Big Muff, cortesia do Analogman que construiu estes pedais pro Jack:
3) THE DEAD WEATHER
Apesar de tocar bateria na maior parte do tempo com o the Dead Weather, Jack também toca a guitarra em algumas músicas e ao vivo divide o pedalboard com o guitarra principal Dean Fertita. Olhando no pedalboard, fica claro que mesmo Jack não sendo o guitarra principal, ele é todo Jack White:
A "cor Dead Weather" é branca desta vez. No palco, a banda só toca com instrumentos brancos, e alguns dos pedais foram pintados de branco. Este pedalboard é muito similar ao do Raconteurs. Aqui o que podemos identificar: um Rotovibe Dunlop, um Whammy Digitech pintado de branco, um Tremolo VoodooLab, um Nano BassBalls Electro-Harmonix (provavelmente), um Big Muff pintado de branco, um Micro POG bronze (direto do pedalboard do Raconteurs?), um Afinador BossTU-2 e um Micro Amp MXR. Também há um pedal que, ao menos nesta foto, não está conectado a nada. Parece um modelo Z-Vex, e é provavelmente um Wooly Mammoth Z-Vex, que Jack usou pro filme de James Bond, The Quantum Solace, e pode estar usando com o The Dead Weather também!
Então...como os pedalboards se comparam? Bem...confira os vídeos e decida por si mesmo qual dá o melhor timbre Jack White!
Aproveitando a chegada do mestre Jeff Beck ao Brasil em novembro, vamos dar aquela aquecida conhecendo um pouco mais desta lenda viva da guitarra e dando uma olhada na sua famosa Gibson Les Paul 54 Oxblood, reeditada pela Gibson Custom Shop...
O britânico Jeff Beck construiu sua fama logo no início, depois de substituir Eric Clapton nos Yardbirds, e em seguida seguindo sozinho para formar o Jeff Beck Group com Ron Wood e Rod Stewart em 1967, tudo isso antes dos 25 anos. Nos anos 1970 Beck começou a forjar sua reputação como artista solo - e um dos guitarristas mais quentes da sua geração - com uma Gibson Les Paul escolhida como seu principal instrumento. E como tantos guitarristas lendários, a Gibson Les Paul em questão traçou seu próprio caminho nas mãos de Beck não por um contrato de endorsement, ou um presente do fabricante, mas pelo feliz acaso num tempo livre sendo gasto numa loja de instrumentos. Enquanto gravava em Memphis, Jeff visitou uma popular loja de instrumentos pra olhar o estoque. Enquanto olhava, sua atenção foi logo a uma Gibson Les Paul 1954 (na época descrita como um modelo do inídio de 1955), que fora deixada lá pra receber algumas modificações específicas.
Foi pedido para que o acabamento Gold Top fosse coberto por um marrom-chocolate e acabou por exibir uma tonalidade vermelho escuro (oxblood) contra a luz. Outras modificações incluiram a instalação de humbuckers normais no lugar dos P-90 originais, alterando o formato grosso e arredondado do braço estilo anos 50 pra um perfil mais fino e trocando as tarrachas originais por tarrachas mais modernas. A lenda diz que o cliente não gostou do resultado...mas Jeff sim! Ele comprou a Les Paul modificada e a tocou extensivamente na estrada e em estúdio. Ela ficaria gravada para sempre na mente de milhões como a guitarra de Jeff Beck graças a foto conhecidíssima da capa de seu álbum mais marcante, Blow by Blow de 1975. Uma lenda do timbre havia nascido.