"O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente." (Carl Sagan)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Meu anjo da guarda...

A vida é normalmente curta. E para alguns é mais ainda. Toda vez que me encontro só fico meditando sobre estas questões exitenciais graças ao auxílio de alguns agentes externos. Música de alguns gênios contemporâneos entrando pelos meus ouvidos e líquidos catalizadores descendo minha garganta! Jeff Buckley é um deles (gênio e não líquido). Um verdadeiro anjo que desceu à Terra por um breve instante apenas para nos mostrar o significado de grandes composições, letras do fundo da alma e como tocar guitarra com atitude. Guitarrista? Sim senhor! Sem fritações, porque quem gosta de fritura tem que trabalhar no MacDonalds. Odeio frituras (e meu cardiologista agradece). Fazendo uma boa analogia ao estilo de se abordar a guitarra, prefiro churrasco. De costela preferencialmente, como no Clube da Costela, colocada no fogo um dia antes! Infelizmente é notável que a lição de Jeff Buckley não foi captada por todos. Como disse Bono Vox, "Jeff Buckley é uma gota cristalina num oceano de ruídos" e Jimmy Page, "Quando Plant e eu vimos ele tocando na Austrália, ficamos assustados. Foi realmente tocante." Apesar da morte trágica, Jeff Buckley tem vindo a conquistar novos fãs. Artistas como Radiohead, Coldplay e Muse não se cansam de mencionar Jeff como uma das suas principais influências. Além disso, “Grace” é constantemente citado como um dos melhores álbuns de todos os tempos. Infelizmente este anjo nos deixou prematuramente. Mas eu posso afirmar com senso de dever de casa cumprido que aprendi a lição...e me recordo disto sempre que ouço "Lover you should've come over", entre outras...

2 comentários:

  1. concordo plenamente, quem gosta de fritura tem que trabalhar no McDonalds...

    Ótimo texto... um grande abraço

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  2. Jeff herdou um senso artistico musical e a voz do pai, Tim Buckley, e fez ate mais sucesso que o pai. Engracado que ha pouca horas, hoje mesmo, passando os olhos por uma prateleira da Livraria Cultura, notei um bom e velho vinyl com Tim Buckley na capa.
    Voltando ao filho, acho que da pra dizer que a musica passa por ele, canaliza as energias e transmite amplificada sem mudar o timbre dos anjos, um vento, ... sabe aquele cheiro da chuva?!?! uma coisa que simplesmente existe, pra se apreciar com um certo saudosismo, com uma certa arrogancia de quem sabe entender as coisas simples da vida.

    Valeu Osmani pelo texto e lembranca do Jeff Bluckey.

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