"O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente." (Carl Sagan)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ruídos no Pedalboard???

O método de Pete Cornish para eliminar ruídos, inconsistências de nível e perda de timbre em sua pedaleira:

1 – Desconecte e remova todos os efeitos da pedaleira. Assegure-se de que cada efeito esteja com bateria e cheque as voltagens das baterias.
2 – Conecte sua guitarra diretamente ao amp com um cabo de boa qualidade que esteja funcionando perfeitamente, com continuidade e resistência de isolamento testados. Prefiro não usar cabos com jacks não soldados.
3 – Coloque os controles de volume e tonalidade da guitarra no máximo e não mude os ajustes.
4 – Coloque os controles de volume e tonalidade do amp em um nível razoável e não mude os ajustes.
5 – Remova o cabo de entrada do amp e conecte-o à entrada do primeiro pedal da cadeia de sinal. Com um outro cabo de boa qualidade, ligue a saída do pedal à entrada do amp. Neste estágio, faça o pedal operar com bateria.
6 – Com o pedal desligado há alguma mudança de sinal ou volume? Sem ajustar o amp, investigue a razão de qualquer mudança. Se o pedal estiver com buffer, não deve haver nenhuma diferença, mas se ele possui chaveamento de bypass verdadeiro, pode haver uma leve mudança, já que o comprimento do cabo é agora provavelmente o dobro, e você deve considerar a utilização de uma unidade de buffer na frente do pedal.
7 – Agora, adicione o segundo pedal da cadeia (assegure-se de estar usando sempre o mesmo cabo de guitarra). Utilize um cabo de ligação de boa qualidade para conectar a saída do primeiro pedal à entrada do segundo. Conecte a saída do segundo pedal à entrada do amp, usando o mesmo cabo que você usou anteriormente.
8 – Com o primeiro e o segundo pedais desligados, há alguma mudança do sinal ou volume? Se o pedal estiver com buffer, não deve haver nenhuma diferença, mas se ele usa chaveamento de bypass verdadeiro, pode ocorrer uma leve mudança e você deve pensar em usar uma unidade de buffer na frente – ou depois – do segundo pedal.
9 – Repita com mais pedais, lembrando-se de não mudar o volume da guitarra ou do amp enquanto você testa os pedais desligados.
10 – Se tudo estiver bem com os pedais desligados, todos os circuitos de bypass e cabos de ligação estão bem. Se um problema com timbre ou volume ocorrer, estará no último pedal ou cabo adicionado.
11 – Agora comece a ligar os pedais começando com o primeiro pedal da cadeia e ajuste o volume do efeito de modo que ele combine exatamente com o volume desligado. Repita com os outros pedais até que todos os efeitos estejam individualmente regulados com o ganho da unidade.
12 – Depois de nivelar todos os pedais de acordo com o nível em bypass, conecte o primeiro pedal à fonte DC e cheque se ela funciona da mesma maneira de quando ligado com bateria. Se houver ruído ou outros problemas, investigue. Pense em substituir por outra fonte DC.
13 – Se tudo estiver bem com o primeiro pedal, conecte o segundo pedal à fonte DC e siga o meso procedimento de teste.
14 – Repita com os outros pedais até encontrar onde ocorre o problema. Se o ruído for aceitável quando se usa bateria e não for aceitável quando se usa a fonte DC, então problema deve estar na fonte. Diversas fontes podem ser necessárias e, em casos extremos, uma fonte DC separada para cada pedal pode ser essencial.

(traduzido da Guitar Player americana)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Coisas que você deveria levar quando vai tocar...

Vamos chamar de ‘Gig Bag’ a sua sacola/bolsa/mochila de coisas úteis a se levar quando vamos tocar. Ela é o seu ‘disque emergência’ quando algo dá errado num show como esquecer seu afinador, correia, cabo, etc. Então, aqui está uma lista de coisas que farão sua vida, e até mesmo a vida de seus colegas de banda menos estressante quando coisas inesperadas acontecerem num show. Chega de precariedade!

1) ‘Gig Bag’. Deve ter uma área central grande com bolsas menores nas laterais para os itens menores. Tenha ela no palco com você escondida atrás do seu amp, por exemplo.

2) Palhetas, Cordas, Cabos de instrumento, midi, ou de caixas, e Correia Extras.

3) Mini kit de chaves de fenda. São ótimas para aqueles casos de desaparecimento dum knob de volume da guitarra assim que você abre o case, entre outras surpresas desagradáveis.
4) Mini Lanterna. Boa sorte tentando achar um cabo perdido nas suas coisas quando o palco estiver escuro e você deve começar o show em 2 minutos.
5) Afinador. Por favor! Afine esse instrumento antes de sair de casa, e várias outras vezes antes de subir ao palco. Isso fará sua performance mais agradável para obcecados por afinação na platéia como eu.
6) Baterias. Seja lá o que seus equipos usarem, carregue vários extras com você. Se você usa fontes AC, leve uma tonelada delas. Não é incomum ver renomados guitarristas com pedais morrendo no meio do show. E se você usa captadores ativos, certifique-se de trocar a bateria ao menos de tempos em tempos.

7) Alicates de corte, Enroladores de corda, Chaves Allen.
Estes são usados naquelas rápidas e inesperadas trocas de cordas arrebentadas.
8) Polidores de guitarra e Panos. Use estes pra limpar o corpo da guitarra.
Você pode usar um pano limpo pra ajudar a secar suas mãos se tiver problema de suor enquanto toca, é só deixá-lo sobre o amp. Óleo de limão também é legal pra passar na escala (fretboard), desta forma tudo estará em boas condições em suas guitarras, seja em casa ou na estrada.

9) Suporte de palhetas para pedestal de microfone. Este pode ser um presente divino pra todos que usam palhetas de plástico escorregadio!
10) Fita adesiva. Ás vezes usada pra fixar o set list no chão, mas tenho certeza que existem muitas outras utilidades pra descobrirmos.
11) Extensões de energia e filtros de linha. Ajudam naqueles momentos em que voce precisa de cabos de força mais compridos pra ligar seu amp, ou o local em que vai tocar parece mais que vai derreter com uma sobrecarga!

Com certeza esta lista vai salvá-lo do embaraço ou duma situação estressante durante qualquer de seus futuros shows. Faça sua vida nos palcos mais fácil e providencie uma ‘Gig Bag’ pra te acompanhar em todos os seus trabalhos.

sábado, 4 de julho de 2009

Duas lendas

É, faz tempo que não escrevo mesmo...vai ver foi a morte do Michael que me desanimou...e aos guitarristas que por acaso fizerem cara feia ao ouvirem este nome, já passou da hora de tomarem conhecimento da obra fantástica deste cara genial, desde os tempos de soul e funk nos Jacksons Five até a obra-prima Thriller, o disco mais vendido da história, graças também ao toque de Midas do produtor Quincy Jones e as participações de Paul McCartney, Steve Lukather, Jeff & Steve Porcaro e Eddie Van Halen, dentre muitos outros músicos de renome. Aliás Steve Lukather comentou sobre o solo de Eddie em 'Beat it' na época: "Quincy Jones e Michael mostraram o esqueleto de 'Beat it' a Eddie Van Halen e como eles quieriam seu solo sobre a parte do verso. Entretanto, ele tocou sobre uma parte que continha mais mudanças de acorde. Então pra encaixar seu solo onde ficou na música, tiveram que cortar a fita, o que tomou muito tempo para ser sincronizado"
"Depois de organizarem isso, Jeff Porcaro e eu fomos chamados pra vincular o solo e alguma percussão casual, o que foi uma grande dor de cabeça. Inicialmente, nós concordamos que Eddie fez um grande solo mas Quincy o achou muito denso. Então tive que reduzir o som de guitarra distorcida e isso foi o que aconteceu. Foi um grande sucesso de R&B/rock pra todos nós realmente e ajudou a forjar o caminho para as bandas de hoje que fundem esses estilos."
Dois mitos juntos no palco:
http://www.youtube.com/watch?v=82mhFXKS2es
E minha tosca homenagem aos dois:
http://www.youtube.com/watch?v=X89_xuJYU94

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vistuoso ou Malabarista?

Hum...vejamos...

“Um virtuoso (do Latim virtus, que significa: virtude, habilidade, excelência) é um indivíduo que possui uma habilidade fora do comum quando utilizando um instrumento musical. Sua forma plural é virtuosi. Virtuosi são freqüentemente compositores também. Durante a época da música barroca, muitos, senão todos, os compositores também eram virtuosi em seus respectivos instrumentos.

Se os talentos musicais de um indivíduo podem ser considerados os de um virtuoso é uma questão de opinião.

Malabarismo é a arte de manipular objetos com destreza. É uma das mais típicas artes de circo.

Embora existam muitos tipos de malabarismo, ele geralmente consiste em manter objetos no ar, lançando e executando manobras e truques. Também existem malabarismos onde só se manipulam objetos em contato com o corpo.

A origem do malabarismo é incerta, mas há registros que indicam ser uma arte praticada desde a antigüidade.

É a arte de manipular objetos com destreza. É uma das mais típicas artes de circo” (Wikipédia).

Observando as definições acima, talvez fique mais claro na hora de se distinguir esses dois conceitos, tão erroneamente misturados e confusos hoje em dia. Uma breve vasculhada no Youtube prova isso...

A questão aqui não é ter ou não Talento. A questão é: Talento para o quê exatamente???

Entrar para uma Banda ou entrar pro Circo - Eis a questão!