Pedais de Boost têm sido usados desde o início dos anos 60 e continuam a ser usados até hoje para uma série de aplicações. Os primeiros Boosters eram simples em design e usavam transistores de germânio o que proporcionava um toque de overdrive harmonicamente rico ao som e combinava perfeitamente com amps valvulados em alto volume. Este era um timbre que se tornou popular entre guitarristas de blues e rock. Os Boosters eram a opção de escolha ao seu rival, o pedal de fuzz, para aqueles que queriam manter e enriquecer o timbre natural de overdirve de seus amps, ao invés de alterar e distorcer o sinal de áudio através de um Fuzz. Os primeiros boosters acentuavam as freqüências agudas do sinal ajudando o guitarrista a se destacar na banda. Ouça Eric Clapton com o John Mayall’s Bluesbreakers e você ouvirá a combinação duma Gibson num Marshall e um Booster enriquecendo e reforçando o timbre do amp.
Nos anos 70, boosters de germânio ainda eram usados, mas agora para um novo som de rock mais pesado e com grandes níveis de distorção. Músicos bem conhecidos como Tony Iommi do Black Sabbath e Brian May do Queen estavam agora usando boosters customizados que foram desenhados para abranger mais freqüências, mas ainda tendendo a acentuar os médios. Isso adicionou uma complexidade mais escura e timbre mais denso o que também trouxe mais overdrive consigo.
Nos anos 70 aconteceu a larga adoção dos transistores de silício, substituindo os primeiros transistores de germânio em praticamente todos os equipamentos musicais. O silício era superior em sua habilidade de proporcionar um sinal de áudio mais forte e limpo, o que era ótimo para pré-amplificadores, mas não tão bom assim se você quisesse um booster que oferecesse aquele sabor único e macio na mixagem.
Já nos anos 80, iniciou-se o conceito e uso em larga escala do boost limpo. Isso foi difundido usando-se o pedal de overdrive de maneira reversa, ou seja, ajustando o controle de volume (level) no Maximo e o de ganho no mínimo. O resultado poderia ser mais overdrive conservando as características básicas do amp. Stevie Ray Vaughan usou o famoso Ibanez TS-808 Tube Screamer desta forma, mas artistas de hard rock e heavy metal preferiram usar algum tipo de pedal overdrive regulado como boost entre a guitarra e seus Marshall ou outro amp para obter aquele som ‘hot-rodded metal’. Enquanto muitos músicos buscaram seu timbre de overdrive/distorção tendo seus amps modificados, outros ficaram nos amps tradicionais apenas pisando em seu pedal overdrive regulado como boost limpo quando necessário e esta foi a chave para alguns dos timbres mais quentes da época.
Pedais de equalização também foram usados com a mesma finalidade e no geral equalizadores e overdrives cumpriram bem essa tarefa, alguns melhores que outros, é claro, com menor ruído e menor coloração tonal do sinal. Enquanto que usar pedais de overdrive de maneira reversa certamente causa o efeito de booster, coloração tonal extra certamente ocorria devido a sua natureza.
Hoje, muitos músicos interessados em dar um boost em seus amps querem fazer isso o mais transparente possível. Eles querem o timbre que já possuíam, mas com a habilidade de adicionar mais ganho e produzir um sinal mais quente permitindo que suas notas e acordes gritem com um sustain rico.
Tenha em mente que a MELHOR aplicação pra qualquer Booster é quando estamos tocando num volume de palco ou ensaio, e não dentro do quarto do seu apartamento e ainda tendo o síndico como vizinho! É quando qualquer amp valvulado bom quer ser fritado no Maximo! Aqui um bom exemplo...http://www.youtube.com/watch?v=oeJYAH-Kiy8
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