"O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente." (Carl Sagan)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fuzz? O que é isso???

Desde que ouvi Robert Fripp improvisando em 'Asbury Park' do disco ao vivo USA do King Crimson, o Fuzz entrou na minha vida definitivamente.

O fuzz, em comparação ao overdrive ou a distorção, pode ser mais bem descrito como um efeito de alta saturação, o que é na sua forma mais simples um tipo de distorção criada por 2 ou mais transistores. As primeiras unidades de fuzz usavam transistores de germânio que contribuíram para criar um timbre único que transistores de silício, op-amps, ou válvulas não conseguem simular.

Um Fuzz equipado com transistores de germânio é capaz de gerar vários níveis de resposta de freqüências e ganho. Enquanto alguns Fuzzes de germânio têm uma banda de freqüência limitada que paira sobre os médios, outros podem ser bem balanceados em comparação e ter uma resposta de freqüência mais abrangente. Adicionando mais transistores de germânio num circuito, alguns Fuzzes são capazes de uma enorme quantidade de ganho também.

O que os Fuzzes de germânio geralmente têm em comum é o timbre áspero ou duro misturado com harmônicos aparentes e musicais especialmente quando adicionado a um amp valvulado já saturado. Com um amp já comprimindo suas válvulas e gerando overdrive, fuzzes de germânio podem realmente criar vida própria e soar completamente diferente do que num amp limpo. Ouça o timbre de Hendrix ao vivo e como ele grita em seus solos através de seus stacks Marshall – essa densidade e sustain são o resultado de um Fuzz Face adicionado à compressão do Marshall. Isso criou um som explosivo jamais ouvido antes.

Transistores de silício cresceram no uso popular no final dos anos 60, já que eram mais fáceis de fabricar em termos de consistência na performance e durabilidade. Os primeiros tinham um timbre mais macio sem tanta aspereza. Também eram capazes de atingir maior ganho comparados a outros circuitos idênticos além de uma resposta de freqüência muito mais aberta.

Durante os anos 70, o transistor foi substituído pelo circuito integrado, que basicamente faz o trabalho de vários transistores em um único chip. Alguns puristas do Fuzz podem considerar que a partir disso, estes pedais não poderiam mais ser considerados como verdadeiros Fuzzes.

Hoje, existe uma gama enorme de pedais de Fuzz no mercado, de antigos desenhos originais, reedições dos originais, bem como alguns novos e únicos timbres de fuzz e até mesmo unidades híbridas que unem as características de overdirve e fuzz.

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